Medida polêmica tem o objetivo de evitar a ingestão de lixo
De acordo com uma organização francesa, a cada ano, pelo menos 60 mil vacas desenvolvem infecções que podem levar à morte após ingerirem restos metálicos encontrados no meio do pasto.
Isso pode acontecer com restos de latinhas de refrigerante e cerveja, arames farpados, pregos e outros objetos abandonados, que acabam sendo riturados pelo maquinário agrícola ou pelos próprios rebanhos. Assim, são engolidos acidentalmente pelas vacas e podem levar a graves consequências que vão desde infecções à perfuração do abdome.
“Sabemos há bastante tempo que os pássaros, os peixes ou as tartarugas engolem plástico e outros dejetos jogados pelo homem. E um dia nos questionamos se esse problema de ingestão involuntária de objetos tóxicos e perfuradores não poderia estar acontecendo com outros animais, como as vacas”, conta a presidente da associação protetora Robin des Bois, Jacky Bonnemains . “Encontramos uma série de dados oficiais que provam que sim, o problema existe e é conhecido dos agricultores e os veterinários, mas ainda era ignorado do grande público.”
A federação francesa que reúne profissionais da pecuária, Interbev, denomina o problema como doença do lixo e vem informando os agricultores sobre os riscos, que podem causar prejuízos como baixa de produtividade de leite ou a morte.
Para contornar essa ameaça, é identificado que alguns produtores adotam uma solução preventiva, mas que é um tanto quanto contestável, já que não é 100% segura: obrigam o animal a ingerir um ímã.
“O método é introduzir à força no esôfago dos bois ímãs que podem pesar até um quilo, que se apresentam em forma de caixa, ou então modelos menores de 100 gramas. Eles servem para captar todas as peças metálicas que os bovinos comeram no campo”, explica Bonnemains. “É uma prática muito contestável do ponto de vista de bem-estar animal, dolorosa. No momento da introdução do ímã, ele pode perfurar a laringe do animal.”
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Andressa Luz
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