Imãs podem ajudar viciados em cocaína
Alguns estudos preliminares mostram que tratamento baseado em aplicação de campos magnéticos na região cerebral pode diminuir a ânsia pela droga. A técnica se chama optogenética e mistura biologia molecular com estimulação ótica que investiga os nossos circuitos cerebrais.
Os primeiros testes foram feitos em 2013 em ratos viciados em cocaína nos Estados Unidos. O tratamento foi à base de proteínas sensíveis à luz que eram introduzidas no cérebro dos roedores e um feixe luminoso estimulava o córtex pré-frontal. Os pesquisadores perceberam que após esses estímulos, os ratos tinham menos necessidade da droga.
Como a optogenética é uma técnica usada apenas em animais, os cientistas decidiram usar em humanos um processo alternativo chamado, estimulação magnética transcraniana.
Essa técnica consiste em colocar ímãs na testa do paciente, e faz uso de campos magnéticos para estimular células nervosas do cérebro. Os testes foram feitos com 13 pessoas durante cinco dias consecutivos, que recebiam os pulsos na região frontal da cabeça. O resultado foi que 10 voluntários tiveram resultados positivos, o que representa uma eficácia de 76%.
Os resultados não são definitivos por que o número de participantes era baixo e também porque os dependentes de cocaína estão mais sujeitos ao chamado efeito placebo.
O pesquisador Antonello Bonci do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA pretende avançar nos estudos com a TMS no combate a dependência de cocaína, para que ele seja aceito pela comunidade médica.
A estimulação magnética transcraniana é usada há mais ou menos 30 anos no combate a depressão, mal de Parkinson, enxaqueca, epilepsia e no transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Ela também vendo sendo usada para combater vícios como: tabagismo, alcoolismo, compulsão alimentar e agora no de cocaína.
Caroline Ramos
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